Recomendo, inclusive (não principalmente) porque faz bem consumir esse tipo de cultura. Ir ao teatro, ver pessoas diferentes, com mais originalidade, para falar do mínimo, ao se vestir e se expressar do que normalmente se vê no shopping, por exemplo...
Só um parêntese. Por falar nisso, ontem comentava sobre a semelhança das mulheres e homens nesses ambientes típicos de paquera. Cheguei a pensar se não seria mais difícil encontrar alguém numa balada hoje do que antes, sei lá, há uns dez anos, quando eu também estava no páreo (atualmente vivo a minha conquista). Explico o porquê. É que hoje a maior parte das mulheres que não estão fora do padrão (refiro-me àquelas nem gordas nem magras, nem altas nem baixas, nem lindíssimas nem feias, ou seja, as mulheres medianas), costumam ter cabelos de tons, cortes e penteados praticamente iguais; usam modelitos parecidos, bijous e acessórios idem. O mesmo vale para os meninos. No final, fica parecendo que encontrar um bom par é mais questão de sorte do que de diferencial, já que a primeira impressão normalmente é aquela que faz alguém se aventurar nessa busca...
Bom, voltando ao teatro. Pois é, depois de deixar claro que curti a peça, quero falar sobre a minha reflexão. E a resposta está bem arrematada na música que encerra a apresentação: “Você vezes vocês dá quanto?”, ou qualquer coisa assim. Ou seja, você é um inteiro, você são frações, ou você são muitos? De qualquer maneira, a conclusão para onde a peça aponta, e eu concordo com ela, é: o maior evento da sua vida é sua própria existência, e ela deve ser conduzida com carinho e auto-apreço. Assim, também pela mensagem (além do programa, do passeio, do público, dos atores, do texto e dos recursos audio-visuais), a peça foi super legal.
Mas esperava algo diferente.
Esperava que a mesma mensagem fosse apresentada de maneira positiva. Outra abordagem. Esperava que – ao invés de mostrar maneiras como se pode perder o tempo que se deveria ou poderia estar investindo em ser feliz – a peça retratasse maneiras de bem aproveitar o tempo, com dicas de como se tornar mais pragmático no dever de ser mais feliz. Não quero dizer que dessa maneira o espetáculo ficasse melhor. É que meu astral hoje estava mais para saber como fazer do que como não fazer.
Ainda tenho o que pensar sobre o tema. E você? Vezes você, quando dá?
Nenhum comentário:
Postar um comentário